terça-feira, 17 de novembro de 2009

BRASILEIRÃO: OS COMANDANTES DÃO O TOM

Muricy crê em título palmeirense e faz alerta: ‘Eu cresço nos momentos ruins’.





Treinador alviverde afirma que está acostumado com clima tenso, como o vivido pelo time na reta final do Brasileiro.




Apesar das dificuldades, Muricy afirma que ainda acredita em título palmeirense.

A três rodadas do fim do Brasileiro, o Palmeiras vive dias de incertezas. Depois de liderar a competição por quase três meses, o Alviverde perdeu os pontos cinco pontos de folga que tinha sobre o segundo colocado e há duas rodadas deixou a primeira posição – agora é o terceiro, com 59 pontos, atrás de São Paulo e Flamengo. Mas o técnico Muricy Ramalho afirma que não se abala com isso. A um dia de enfrentar o Grêmio, no Olímpico, o comandante do time palestrino disse que este é o momento ideal para a sua estrela brilhar.
- Estou acostumado com isso (pressão) e, nos momentos ruins do time, eu sou muito bom. Sei lidar com pressão e nesses momentos eu cresço muito. Às vezes falam que vão pisar, mas melhor não vir porque estou mais forte. Acredito muito no título ainda – avisou Muricy.
A confiança de Muricy tem origem no passado são-paulino do treinador. Na temporada passada, o técnico chegou a estar 12 pontos atrás do Grêmio na fase final da competição. Depois de sofrer muitas criticas, ele conseguiu arrancar no torneio com o São Paulo e alcançou o título na última partida do ano. Foi o seu terceiro com a equipe do Morumbi.

Nos últimos dias, Muricy disse que abandonou as reuniões com o elenco. Ao invés disso, preferiu conversas individuais para levantar a estima dos atletas e passar confiança. Passou tranqüilidade a quem precisava e abraçou tantos outros, segundo ele.
- Estamos fazendo a cabeça dos jogadores para isso, dizendo individualmente que é possível (o título). Tem momento que reunião com muita gente não interessa. Agora é a hora de dar força, abraçar. Essa conversa de que estão nos tirando da briga é importante. Toda vez que o jogador é criticado, ele cresce também. Então, é o que estamos pensando, fortalecer, reconhecer que o momento não é bom e lutar para conseguir o título.



Andrade, o piloto sereno e confiável que conduz o Fla à chance do hexa.




Treinador prepara-se para o desafio de tentar retirar o Rubro-Negro da fila de 17 anos sem o principal título nacional.



Calmamente, Andrade pediu licença ao comandante, sentou e olhou o horizonte. O título do Campeonato Brasileiro não está tão distante. Mas se para assumir a equipe em um momento delicado da competição há quase quatro meses ele teve firmeza e coragem, na hora de segurar o manche para posar para a foto, o treinador do Flamengo se certificou dos riscos.

- Não vou derrubar o avião, né?

Não, a aeronave seguiu o trajeto de Recife ao Rio de Janeiro após a vitória por 2 a 0 sobre o Náutico sem turbulência. Enquanto fazia o "v", da vitória, o treinador preocupou-se em esclarecer que não estava vestido pela soberba.

- Podem achar que estou cantando vitória antes do tempo, mas não é nada disso. Nada a ver com título - avisou.

Andrade posa como piloto do avião que trouxe a delegação do Flamengo do Recife para o Rio

A preocupação em evitar uma queda brusca no pouso é notória. Todos os treinos da semana serão à tarde e no Ninho do Urubu. A ordem é não deixar a euforia das ruas ultrapassar o muro do CT. Em segundo lugar com 60 pontos, o Flamengo está a dois do líder São Paulo e depende de um tropeço simples do rival para assumir a liderança. Desde, claro, que vença os três jogos restantes contra Goiás (casa), Corinthians (fora) e Grêmio (casa).

Depois de passar quatro anos como auxiliar, Andrade tem a possibilidade de conduzir o time mais popular do país ao título após 17 anos de jejum. Por trás do sonho há a realidade. E a experiência de quem já viu o clube perder-se recentemente em momentos cruciais.

- A cada jogo a ansiedade aumenta. Mas o time deu provas de competência ao longo do campeonato. Não podemos adivinhar se o São Paulo vai tropeçar, então temos que fazer o nosso dever de casa - afirmou Andrade.

O jeito sereno e a linha aberta de diálogo conquistaram o grupo. Apesar de as eleições serem no dia 7 de dezembro, a atual diretoria trabalha para segurar toda a comissão técnica. Antes do fim do Brasileiro há a possibilidade de renovação do contrato por, pelo menos, mais seis meses. O vice-presidente de futebol Marcos Braz acredita que, seja qual for o desfecho da campanha da equipe, não há por que mudar.



Ricardo Gomes confia na absolvição de trio em julgamento no STJD.

Treinador lembrou lance polêmico da Copa de 1998 para ressaltar que é preciso ter cuidado para analisar lances através das imagens de TV.



Treinador espera ter Dagoberto, Jean e Borges no fim de semana.

A quarta-feira será decisiva para três atletas do São Paulo. Jean, Dagoberto e Borges serão julgados por terem sido expulsos no jogo contra o Grêmio, ocorrido no dia 4 de novembro e que acabou empatado por 1 a 1.
Dos três, quem mais preocupa é Borges, que recebeu o cartão vermelho por ter dado uma cotovelada no volante Túlio. Denunciado no artigo 253 (agressão física), poderá receber um gancho que varia de 120 a 540 dias. Dagoberto, que foi excluído da partida por dar um carrinho por trás no mesmo adversário, teve seu nome incluído no artigo 254 (jogada violenta), que prevê suspensão de duas a seis partidas. Já Jean, que fez uma falta já nos descontos da partida, será julgado no artigo 250 (ato desleal ou inconveniente), cuja pena varia de um a três jogos.

Mesmo após o advogado do clube, Roberto Armelin, ter dito que o caso de Borges inspira muitos cuidados, o técnico Ricardo Gomes mantém a tranqüilidade e deixa claro que espera contar com os três atletas na partida de domingo, contra o Botafogo, que será realizada no Engenhão.

- Eu não espero surpresas no julgamento. Acredito no bom senso de quem vai julgar. O São Paulo não será prejudicado. Conto com os três na partida contra o Botafogo. Na minha cabeça, o time está praticamente definido – afirmou o treinador.

Ricardo Gomes usou um lance polêmico ocorrido na Copa do Mundo de 1998 para pedir coerência aos auditores do STJD, que denunciaram os três atletas com base nas imagens da televisão.

- Em 1998, no jogo Brasil e Noruega, o juiz deu um pênalti do Júnior Baiano no atacante que não me lembro o nome (Flo). Todos nós trucidamos o juiz porque só tínhamos uma tomada de câmera. Só que aí, surgiu outra imagem e todos mudaram de opinião. Para julgar por imagens, é preciso ter todos os ângulos. Caso contrário, é grande o risco de errar – lembrou o comandante são-paulino.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM

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