domingo, 26 de dezembro de 2010

Odone reitera: Ronaldinho não voltará ao Grêmio por dinheiro

Presidente do Grêmio diz que o craque busca retorno à Seleção Brasileira

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre

Paulo Odone GrêmioPaulo Odone confia no acerto entre Assis e Milan
(Foto: Eduardo Cecconi / Globoesporte.com)
A Copa do Mundo de 2014 será no Brasil. Em Porto Alegre, um renovado Estádio Beira-Rio sediará jogos. E o Grêmio constroi uma nova Arena para, também, oferecer-se como alternativa de treinos.
Faltam quatro anos. Até lá, Ronaldinho Gaúcho pretende conquistar o técnico Mano Menezes, garantindo espaço nas convocações.
Para manter-se sob observação mais próxima, Ronaldinho Gaúcho quer voltar ao país.
Pela ligação emocional - é torcedor gremista, foi revelado no clube, assim como o irmão Assis - quer voltar ao Olímpico, dez anos depois de uma tumultuada despedida. Em entrevista à Rádio Globo de São Paulo, o presidente tricolor Paulo Odone reiterou este pensamento: Ronaldinho quer jogar no Grêmio, e não voltará por dinheiro, mas sim pela reconciliação com a torcida, e pela Seleção Brasileira.
- As tratativas feitas com o Ronaldinho e com o Assis estão bem encaminhadas. Agora ficou de eles tratarem com o Milan. Em princípio está acertado o valor dos salários e os quatro anos de contrato. O Ronaldinho quer voltar a trabalhar no Brasil para voltar à Seleção Brasileira. Tenho conversado diretamente com o Assis sempre - disse Odone.
ronaldinho gaucho robinho milan gol auxerre                                                Ronaldinho tenta antecipar saída do Milan, para apresentar-se ao Grêmio em janeiro (Foto: AFP)
Com os quatro anos de contrato, Ronaldinho permaneceria no Grêmio até a Copa do Mundo. E o melhor, para Odone: motivado. Por isso, o presidente do Grêmio acredita que seu clube leva vantagem na concorrência.
- Parece que ele ficou muito animado com a proposta do Grêmio. Vamos ver. Eu soube dos interesses do Palmeiras e do Flamengo, mas não interferi. Ele nos disse que não vem por dinheiro ao Brasil, vem por objetivo. Por querer jogar no Grêmio, por morar em Porto Alegre.
Ele nos disse que não vem por dinheiro ao Brasil, vem por objetivo. "
Paulo Odone
Odone lembrou ainda que a negociação envolve todo um projeto de marketing e viabilização financeira:
- Não é só a contratação de um jogador. É também uma operação de marketing. Para que seja auto sustentável. É uma operação fora do ortodoxo, do comum. Temos de aliar vários parceiros para alinhar essa contratação.
Acertados Grêmio e Ronaldinho, falta o empresário Assis convencer o Milan a liberar o irmão a seis meses do final do contrato com os italianos.
- Ronaldinho tem contrato até junho com o Milan. E a partir de janeiro pode assinar pré-contrato. Como o Milan vai tratar essa liberação, isso é com o Assis. Ele não quer mais ficar na Europa, ele quer voltar para o Brasil, ele quer a Seleção Brasileira.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Chilenos lamentam despedida de Bottinelli e apostam em fama no Fla

Repórter do jornal La Tercera elogia técnica do meia. Roberto Gutierrez, companheiro de quarto nas concentrações, ressalta ambição

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Bottinelli novo reforço do Flamengo                                                               Bottinelli garante que não teme a pressão no Fla
(Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
Os que comemoram a chegada de Darío Bottinelli ao Flamengo argumentam que os torcedores do Universidad Católica, atual campeão chileno, lamentaram a perda de um dos importantes nomes da memorável campanha de 2010. Quem torce o nariz para o novo argentino da Gávea lembra que o Atlas, clube mexicano que vendeu o meia para os rubro-negros, aposta em Lucio Flávio, o "Pelé Branco", como principal armador da equipe em 2011. O GLOBOESPORTE.COM levanta números e curiosidades da carreira de Botinelli em busca de respostas para o que Vanderlei Luxemburgo terá em mãos na próxima temporada.
Para os chilenos, a diretoria rubro-negra fez um bom negócio. Nesta quinta, o jornal "La Tercera" dá a notícia da saída de Bottinelli para o Flamengo dizendo que o clube “perdeu uma peça-chave na conquista do título chileno”. Cristian Barrera, repórter de esportes do diário, acredita no sucesso de Bottinelli no Brasil.
- Ele tem um estilo de jogo parecido com o do Montillo e do Conca. Tem muita técnica, gosta de jogar centralizado, conduz bem a bola e arrisca nos chutes de média distância. Foi  muito importante para o título. E além de tudo é uma pessoa querida, simpática, se dá bem com todo mundo. Cartamente a Católica vai sentir falta dele, o Flamengo fez uma boa contratação.
O jornalista Rodrigo Aguiller, também do "La Tercera", afirma que Bottinelli teve um papel semelhante ao de Conca no Universidad Católica.
- Sua grande mobilidade fazia com que a equipe se movimentasse no ritmo que ele ditava, muito parecido com o que fazia Conca entre 2004 e 2006. A chegada de Bottinelli ao Universidad Católica serviu para preencher o imenso vazio deixado pela saída do atual astro do Fluminense.
Aguiller destaca como virtudes do novo jogador do Flamengo os chutes de longa distância, especialmente de direita, e a capacidade de se desmarcar para receber a bola com liberdade
No El Mercúrio, o atacante Roberto Gutierrez, um dos destaques do time, com seis gols em 14 jogos, lamentou a despedida do amigo.
- Será difícil aparecer um jogador como Darío, não só por sua qualidade, como também pelo que representava para o grupo - diz Guitierrez, que define o argentino como um jogador de metas ambiciosas.
.- Dividia o quarto com ele nas concentrações, conhecia sua família... Ele sempre me dizia que iria para o Barcelona ou para o Real Madrid.
Três gols na caminhada do título chileno
Bottinelli começou 2010 no Atlas. O time não foi muito bem no Clausura, eliminado da fase final por ter terminado em terceiro lugar no Grupo 1 - os classificados foram Chivas e Toluca. O argentino foi titular em 11 jogos, com quatro cartões amarelos e um vermelho. Foram três gols marcados na campanha. O primeiro foi na vitória por 2 a 1 sobre o Santos Laguna, de pênalti. Depois, fez mais um em bela arrancada na goleada de 7 a 1 sobre o Indios. A saideira foi com estilo: uma bomba de fora da área na derrota por 3 a 1 para o San Luis.
Depois da eliminação, Bottinelli foi emprestado pelo Atlas ao Católica em julho. Na ocasião, o time já despontava como forte candidato ao título chileno, com 66% de aproveitamento. Com o argentino, o percentual subiu para 77%. Botinelli disputou os quatro primeiros jogos entrando no segundo tempo. Depois, tomou conta da posição por 12 partidas. Ao todo, Foram 12 vitórias, um empate e três derrotas, com três amarelos e mais três gols marcados.
O primeiro foi no dia 22 de agosto, na vitória por 4 a 1 sobre o San Luis. O meia tabelou pela esquerda, entrou na área e tocou com estilo, no canto. O segundo aconteceu no dia 12 de novembro, quando o argentino cobrou falta no ângulo na vitória sobre o Huachipato por 2 a 0. O terceiro gol também foi de falta e abriu caminho para a goleada por 4 a 2 no clássico contra o Universidad de Chile. Era a antepenúltima rodada, com aproximadamente 25 mil pessoas no estádio. Bottinelli ajudou o time a despachar aquele que foi o principal algoz do Flamengo na temporada - com o porém de que Montillo, destaque na Libertadores, já estava brilhando pelo o Cruzeiro.
Para dirigente, clube não precisa dispensar um estrangeiro
Com a chegada de Botinelli, o Flamengo passa a ter quatro estrangeiros no elenco. Só é permitida a escalação de três jogadores de fora do país, mas, segundo Luiz Augusto Veloso, diretor de futebol do Flamengo, isso não significa que Maldonado, Petkovic ou Fierro terão de sair.
- Vemos com frequência na Europa os clubes terem mais jogadores estrangeiros que o direito de inscrição permite. Isso não significa nenhuma exclusão. Foi uma contratação refletida, feita às escondidas, conversamos com fontes confiáveis na Argentina, México e Chile, e a gente se convenceu que seria um investimento interessante para o clube. Nosso elenco é jovem, e o Vanderlei está muito entusiasmado com esse reforço. Estamos trabalhando desta maneira, tentando rejuvenescer o elenco. O presente de Natal, por enquanto, é o Felipe e o Darío. Desde as oito da manhã ele está sendo revirado de cima para baixo para nós conhecermos as condições de saúde do jogador, que já era boa, mas como se trata de uma contratação internacional, tem que ser uma análise minuciosa - disse o dirigente, em entrevista à Rádio Brasil.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010



ABC alcança seu melhor resultado na Timemania

ABC teve um belo desempenho, ficando na 12ª colocação com 23.979 apostas
O Mais Querido conquistou mais um ótimo resultado na Timemania. A Caixa Econômica Federal divulgou o resultado do concurso 168, realizado no sábado (18), e o ABC teve um belo desempenho, ficando na 12ª colocação com 23.979 apostas.
Os números mantiveram o Clube do Povo na 19ª posição no Acumulado Geral de 2010, agora, com 743.599 apostas. Com isso, o Alvinegro segue no grupo 1 da loteria, entre os vinte melhores clubes colocados, que em 2011 receberão a maior parte do arrecadado.
Mais um belo resultado, que precisa ser mantido para que o objetivo seja alcançado. A participação da Frasqueira tem sido fundamental para conquista destes números e a reta final está aí. Vamos manter o ritmo, continuar marcando o ABC como Time do Coração e garantir mais esse título, no “Campeonato da Timemania”.
Vamos garantir esse belo patrocínio para a próxima temporada, proporcionando a possibilidade de montarmos um elenco forte e qualificado para as disputas do Campeonato Estadual, da Copa do Brasil, do Campeonato Brasileiro da Serie B e do Campeonato do Nordeste.
É muito simples apostar. As apostas custam R$ 2 e o torcedor pode escolher dez entre 80 números e marcar o ABC como Time do Coração. A Timemania premiará o apostador que acertar entre três e sete números, além daquele que acertar o time do coração.
Aposte na Timemania e marque ABC como Time do Coraçã.
Fonte: ABCFC

Ronaldinho e material esportivo levam diretoria gremista a São Paulo

Novos dirigentes reúnem-se com investidores e com fornecedora de uniformes

Por Eduardo Cecconi Porto Alegre

ronaldinho gaucho milan ajaxGrêmio busca investidores para contratar o craque
(Foto: agência Reuters)
Dois assuntos ligados ao futebol e ao marketing levaram os protagonistas da área na nova diretoria gremista a São Paulo nesta segunda-feira. A semana de véspera do Natal teve início com duas reuniões à distância de Porto Alegre para viabilizar a contratação de Ronaldinho Gaúcho, e para trocar a fornecedora de materiais esportivos do clube.
Após confirmar que o Grêmio negocia o retorno do meia-atacante, o presidente Paulo Odone deu a largada à busca por recursos. O vice-presidente Ricardo Vontobel e o diretor de marketing Paulo César Verardi organizam as ações tricolores no contato com empresas que possam se aliar ao projeto de repatriar Ronaldinho Gaúcho. A dupla acompanhou o vice de futebol Antônio Vicente Martins, que comanda a formação do novo elenco.
Estima-se que o Grêmio precise reunir R$ 10 milhões para completar investimento idêntico de Assis, irmão e empresário do jogador. Ronaldinho Gaúcho encerra seu vínculo com o Milan ao final do primeiro semestre de 2011, e pode em janeiro assinar um pré-contrato, caso os italianos não aceitem antecipar sua liberação.
O grupo de dirigentes tricolores também encaminhou com representantes da Topper e da empresa que a representa na negociação, a Fillon, mudança no fornecimento de material esportivo. O Grêmio pretende diminuir os efeitos das padronizações impostas pelas marcas, trocando a Puma - outrora também representada pela Fillon.
Com a Puma, o design das camisas tricolores gerou alguma polêmica. Com a Topper, o Grêmio voltaria a um padrão mais tradicional na confecção dos uniformes. Ainda no início desta semana os dirigentes pretendem anunciar o acerto com a nova fornecedora.
Fonte Globoesporte.com

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010



Botafogo celebra título de 1995 em evento no Engenhão

Cerca de 800 torcedores marcaram presença na homenagem, que teve Túlio Maravilha como destaque

Por Diego Rodrigues Rio de Janeiro

Quinze anos depois da conquista do Campeonato Brasileiro, os botafoguenses puderam reviver o passado neste domingo, no Engenhão, quando os campeões de 1995 foram homenageados pela diretoria. O evento na ala norte do estádio contou com a presença de cerca de 800 pessoas, entre ex-jogadores, dirigentes e torcedores. A estrela do chamado "Boteco 95", como não poderia ser diferente, foi Túlio Maravilha.
Botafogo TulioÍdolo alvinegro, Túlio Maravilha foi o destaque do evento pe(Foto: Diego Rodrigues / Globoesporte.com)
Aos 41 anos, o ex-atacante do Botafogo elogiou a ideia do clube e agradeceu o carinho da torcida alvinegra.
- É uma iniciativa boa porque dá oportunidade de jovens que só viram as imagens pela TV vivenciarem aquele momento. Iniciativas como esta são cada vez mais importantes e mostram a força do futebol carioca. Esse reconhecimento da torcida não tem preço. Estava há dez anos fora do Rio e fui recebido com muito carinho - disse o ídolo do Glorioso.
Taça Botafogo Gottardo TulioCampeões brasileiros estiveram em peso na festa
(Foto: Diego Rodrigues / Globoesporte.com)
Chamado no palco, Túlio, irreverente como de costume, iniciou até campanha política para a presidência do Brasil. Os torcedores entraram na brincadeira e mostraram que, no que depender deles, o jogador será eleito. E como bom político, Túlio fez uma promessa: voltar ao Botafogo para marcar o aguardado gol 1000:
- Eu não era assim (irreverente). A torcida do Botafogo me fez assim. Vou aproveitar para prometer uma coisa. Estou com 936 gols, vou fazer mais 60 no ano que vem, e em 2012 volto para fazer o milésimo.
Além de Túlio, Gottardo, André Silva, Moisés, Beto, Carlão, Sérgio Manoel e Leandro Ávila marcaram presença no evento. Presidente do clube em 1995, Carlos Augusto Montenegro também esteve por lá e elogiou o atual momento do Glorioso.
- Há muito tempo não via o Botafogo tão bem assim. Queria agradecer ao trabalho do Maurício Assumpção (atual presidente). Torço para que o Botafogo ganhe o Brasileiro do ano que vem para acabar com esse negócio de só falar no time de 95. O Maurício merece isso - disse Montenegro, para depois pedir a Gottardo que levantasse a taça mais uma vez.
Torcedores Botafogo EngenhãoTorcedores do Botafogo celebram o passado no Engenhão (Foto: Diego Paes / Globoesporte.com)
A homenagem fez tanto sucesso que o Botafogo pretende repetir o evento no ano que vem, só não decidiu ainda o tema. Torcedor na época, o presidente Maurício Assumpção falou sobre a importância de relembrar os feitos do passado.
- É uma festa bonita que estamos fazendo junto com o marketing. É uma coisa que me engrandece não só como dirigente, mas como o torcedor que eu era na época - comentou.
Fonte:GLOBOESPORTE.COM

domingo, 19 de dezembro de 2010



Andrés quer Adriano igual a Ronaldo e fala em 'batalha' pelo Imperador

Embora negue contato com o atacante do Roma, presidente do Corinthians fala como se estivesse negociando com o Imperador. E está, há tempos

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

Adriano no jogo Chievo x AS RomaAdriano em ação pelo Roma, em 2010 (Foto: AFP)
O Corinthians nega de todas as formas, mas nas entrelinhas sempre dá a entender que Adriano está cada vez mais próximo de um acerto com o clube. Na última sexta-feira, em entrevista à Jovem Pan, o presidente do Timão, Andrés Sanches, afirmou esperar que Ronaldo sirva de exemplo para o Imperador.
Isso porque o atacante do Roma, que no Brasil já passou por Flamengo e São Paulo, é conhecido por ser indisciplinado e por sempre se envolver em polêmicas.
- Fora do campo, ele pode ter feito coisas ruins. Mas vindo para São Paulo ele terá um grande time e o carinho dos jogadores. Ele vai se comportar bem. Vamos colocá-lo para jogar bola, se vier. Enquanto o Ronaldo estiver no Corinthians, todos vão ter que ser iguais a ele. Ele não atrasa e é o que mais treina – disse Sanches.
Na mesma entrevista em que falou como será o comportamento de Adriano, Andrés Sanches também comentou sobre a “batalha” que está sendo contratar o Imperador. Mas o Timão não estava negando que havia uma negociação?
- É um jogador difícil, que tem contrato de três anos com o Roma. Estamos batalhando, quem sabe um dia dá certo – comentou o presidente alvinegro.
O assunto Adriano no Corinthians começou com Ronaldo, que o indicou para ser sua dupla em 2011. De lá para cá, os dois conversaram algumas vezes e a diretoria tenta chegar a um acordo com o clube italiano para a liberação do atacante.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM

sábado, 18 de dezembro de 2010

Zico diz que o ano do Fla foi uma 'm...' e que dificilmente volta ao clube

Nem mesmo o cargo de presidente rubro-negro atrai o Galinho

Por Jornal A Gazeta Vitoria, ES

zico entrevistaZico lamentou a temporada rubro-negra
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Ele se acostumou com títulos. Pelo Flamengo, viveu anos inesquecíveis, com direito a Mundial, Libertadores e quatro Brasileiros. Mas Zico, ídolo maior dos rubro-negros, parece querer que 2010 acabe o mais rápido possível. Em visita ao Espírito Santo, onde participou da abertura do Campeonato Brasileiro de Futebol 7 Soçaite, o Galinho não mediu palavras para classificar a temporada do time da Gávea: "O ano do Flamengo foi uma m...".
Sincero, Zico surpreendeu ao colocar em dúvida um antigo sonho. Logo após seu afastamento do cargo de diretor executivo rubro-negro, o ídolo garantiu que só voltaria para o clube como presidente. Agora, nem isso o Galo garante mais.
- Dificilmente volto para o Flamengo - frisou o Galinho. Até como presidente, foi a segunda pergunta.
- Nem se for presidente - repetiu.
Ano do Flamengo
Eu não tenho como avaliar. Eu preciso é ser avaliado. Eu fiz parte do ano do Flamengo. Não posso avaliar a Patrícia Amorim, até porque fiz parte do ano, que por sinal, foi uma m...
Volta ao Flamengo
Não penso nisso. Não quero mais voltar nem como presidente
Futebol brasileiro
Atualmente é muito equilibrado. Faltam grandes nomes. Nenhum time desponta sempre como favorito. O Santos, se não tivesse perdido alguns jogadores no meio do ano, talvez fizesse isso. Mas o Brasil precisa segurar mais seus jogadores.
Hermanos no Brasil
Isso não é novo. O Brasil sempre recebeu bem os argentinos. Teve o Tevez...
Unificação dos títulos
Prefiro não responder nada que seja relacionado a CBF. Nada que diga respeito. Já me desgastei demais com isso.
Ronaldinho Gaúcho
Ele tem que saber que será cobrado. A torcida espera muito dele. Mas se ele quiser voltar, se for para jogar, será bem recebido em qualquer lugar. Eu gostaria de vê-lo no Flamengo.
Adriano
Acho estranha e precipitada essa história da volta dele. O Adriano saiu do Flamengo dizendo que queria voltar a fazer o nome dele na Europa. E agora em seis meses pensaria em voltar? É muito precoce.
Soçaite
Aqui não tem desculpa. Não tem buraco, a bola não bate na canela. É uma modalidade gostosa. Grandes jogadores saíram do futebol de salão, e acredito que muitos podem sair do soçaite também.
FONTE:GLOBOESPORTE.COM

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010



Ex-presidentes do Fla aprovam a unificação de títulos nacionais

Marcio Braga e Kléber Leite dizem que decisão da CBF é coerente

Por Richard Souza Rio de Janeiro

A decisão da CBF de reconhecer os títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa como conquistas nacionais, os equiparando ao Campeonato Brasileiro, foi bem vista por ex-dirigentes do Flamengo. Santos e Palmeiras passam a ser os detentores do maior número de títulos brasileiros - oito cada -, superando o Rubro-Negro e o São Paulo, que têm seis (considerado o título da Copa União de 87 para o clube carioca).
Para Marcio Braga, recordista de mandatos na presidência do clube (seis), a decisão é justa.
- Foi uma decisão inteligente, que acaba com essa discussão no futebol de quem é tri, penta, hexa. É uma questão de bom senso, como considerar o Fluminense tricampeão. Sem sombra de dúvidas, Santos e Palmeiras foram grandes equipes e grandes campeões. Finalmente uma decisão correta da CBF – disse.
Mandatário do Flamengo entre 1995 e 1998, Kléber Leite também se mostra favorável. Segundo ele, é o reconhecimento de títulos que se equivalem ao Campeonato Brasileiro.
- Isso é muito pessoal. Eu respeito o ponto de vista de quem defende que a Taça de Prata era um Brasileiro. De certa forma, faz um certo sentido. É viável, equivalia ao Brasileiro. Como alguém vai argumentar? A Supercopa da Libertadores é um exemplo. Ela não existe mais, mas já foi a competição mais importante do continente, até mais do que a Libertadores, pois reunia os campeões da Libertadores. Deixou de existir, mas como você vai deixar de considerá-la? – argumentou.
 
Bahia, Botafogo, Cruzeiro e Fluminense também passam a ter mais um título brasileiro cada no currículo.
O Santos é o maior beneficiado com a posição da CBF e passa a ter reconhecidos como títulos nacionais cinco triunfos na Taça Brasil, disputada de 1959 a 1968, e um no "Robertão", também chamado de Taça de Prata (realizado de 1967 a 70). O Palmeiras, com mais quatro títulos incorporados (dois de cada competição), também se torna octacampeão. Em 1967, o Alviverde venceu as duas competições.

Com a decisão, o Bahia passar a ser considerado oficialmente o primeiro campeão brasileiro, mérito que pertencia até então ao Atlético-MG, vencedor do Campeonato Brasileiro de 1971.


Diretor do Timão confirma acerto com Adriano. Falta o 'sim' do Roma

Roberto de Andrade revela que contrato com o Imperador seria de um ano.
Gilmar Rinaldi avisa que não falará sobre o assunto até o dia 20



Adriano sorridente no RomaAdriano chega ao Brasil no dia 20 (Foto: AFP)
O casamento entre Corinthians e Adriano parece mais próximo de se realizar. Depende somente do aval da diretoria do Roma. Maior desejo da diretoria corintiana para a disputa da Taça Libertadores, o jogador desembarca no Brasil no dia 20. E apesar da presidente do clube italiano, Rosella Sensi, garantir que o atacante vai continuar na Itália, o novo diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade, confirmou que o Timão já tem um acerto com o Imperador.
- O acordo que temos com o jogador é de um contrato de um ano – revelou o dirigente em entrevista à Rádio Bandeirantes.
No clube paulista, Adriano receberia cerca de R$ 400 mil mensais somente de salários. O valor é inferior ao que ele recebe atualmente na Itália, mas ainda assim é bastante elevado para o futebol brasileiro. Apenas Ronaldo e Roberto Carlos possuem vencimentos maiores no elenco corintiano.
Roberto de Andrade ressaltou que a decisão não está mais nas mãos do Corinthians. E afirma que a possibilidade da negociação ser fechada é de 50%.
- A chance que temos de fechar é a mesma de não fechar. Fico na torcida para que dê certo.
Pelo Twitter, na noite desta terça-feira, o empresário de Adriano, Gilmar Rinaldi garantiu que não falará mais sobre Adriano até o dia 20, quando o Imperador desembarca no Brasil.
FONTE:GLOBOESPORTE.COM

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mil e um pesadelos: Inter é eliminado do Mundial de Clubes

Colorado joga mal, leva 2 a 0 do Mazembe e agora encara melancolia da disputa do terceiro lugar

Por Alexandre Alliatti Direto de Abu Dhabi, Emirados Árabes

Nem mil e um pesadelos, na terra das mil e uma noites, poderiam prever uma tragédia assim. Acabou. Triste assim, frio assim, duro assim: acabou. Acabou cedo, na precocidade do primeiro jogo, no fiasco da estreia. Acabou quando deveria ter começado. O time gaúcho sangra o vermelho de sua camisa diante de uma eliminação histórica, diante da certeza que nenhuma lenda árabe poderá recriar. O Inter não será bicampeão do mundo em 2010. O Mazembe, com vitória de 2 a 0 nesta quarta-feira, no estádio Mohammed bin Zayed, em Abu Dhabi, garantiu classificação para a final do Mundial de Clubes da Fifa.
A tragédia está mais na arquibancada do que no campo. Milhares de colorados cruzaram o mundo para ver o Inter campeão nos Emirados Árabes. Acabaram agredidos por um dos maiores desastres dos mais de cem anos de vida do clube gaúcho. No dia em que a torcida fez história, o time pagou mico. Nem mil e um pesadelos poderiam prever.
- Quando tivemos oportunidade de fazer o gol, infelizmente não conseguimos. E eles marcaram em um belo chute na primeira chance. Ficamos muito chateados. Sabemos que decepcionamos muitas pessoas - resumiu Bolívar.
Os dois gols do Mazembe saíram no segundo tempo, com Kabangu e Kaluyituka. Talvez não tenha sido exatamente justo, mas o Inter pouco fez para merecer sorte melhor - o Inter do campo, claro, porque o Inter da arquibancada fez seu papel. Com a vitória, o surpreendente time da República Democrática do Congo duelará com o Inter de Milão ou o Seongwan, da Coreia do Sul, na decisão.
Melhor, mas não o bastante
Faltou D’Alessandro atordoar os adversários com dribles e lançamentos. Faltou Kleber ter aquela precisão de sempre. Faltou Bolívar encontrar o posicionamento que ameniza a lentidão. Faltou muita coisa para o Inter no primeiro tempo do empate por 0 a 0 com o Mazembe. Um tanto pelo nervosismo decorrente da estreia, outro tanto pela dificuldade imposta por um adversário longe de ser bobo, o time colorado não conseguiu ter encaixe nos 45 minutos iniciais. Os primeiros passos vermelhos no Mundial de Clubes foram titubeantes.
O Inter começou melhor. Deu pinta de que iria fazer um gol logo, logo. Rafael Sobis, com um minuto de jogo, já mandou chute por cima. Wilson Matias cabeceou com perigo pouco depois. D’Alessandro arriscou para fora. Rafael Sobis insistiu em cobrança de falta, também para fora. E ele mesmo teve a melhor chance, em tabelamento com Alecsandro, mas Kidiaba defendeu.
Celso Roth no jogo do Internacional contra o Mazembe                                                Roth cobra Rafael Sobis: atacante teve chances, mas não decidiu (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)
Os primeiros dez minutos foram promissores. O problema é que o rendimento vermelho, a partir daí, foi caindo gradativamente. Cabeceio de Índio na segunda trave quase virou gol. Testada de Tinga também foi ameaçada. Mas o Mazembe, conforme o tempo passava, mais confiança ganhava. Jamais houve pressão, até porque os africanos fogem daquela imagem de um time meramente veloz e forte. Houve organização.
Os adversários colorados ameaçaram duas vezes. Em ambas, entraram em velocidade pela ponta esquerda, sem acompanhamento de Bolívar. Renan precisou intervir.
Roth armou o Inter no esquema 4-5-1, com Rafael Sobis no meio. É um esquema que dá solidez defensiva, mas empobrece o ataque. Os colorados, é bem verdade, mais atacaram do que foram atacados no primeiro tempo. Mas é pouco.
Segundo tempo: um golpe no início, outro no fim
O mundo parou aos sete minutos do segundo tempo para cada colorado - para os 11 em campo, para os milhares nas arquibancadas, para os milhões espalhados pelo mundo. Cada camisa vermelha, estivesse onde estivesse, ficou congelada quando Kabangu recebeu aquela bola, olhou para o gol de Renan, viu um espaço aberto à direita, mandou a bola lá, encontrou a lateral da rede, soltou o grito de gol. Não podia ser verdade. Enquanto o goleiro Kidiaba pulava no chão em sua comemoração, batia um sentimento coletivo de que simplesmente não podia ser verdade.
Roth percebeu que tinha que agir. Tirou Tinga e Alecsandro, colocou Giuliano e Leandro Damião. Surgiram chances. Sobis mandou uma pancada, e Kidiaba pegou; Giuliano entrou na área, cara a cara com o goleiro, e Kidiaba salvou mais uma. Incrível.
Os ponteiros do relógio martelavam desespero na alma colorada. Onde estava D’Alessandro? Onde Kleber tinha ido parar? Onde tinha se escondido a explosão de um time que trabalhou quatro meses seguidos só pensando no Mundial? Perguntas, perguntas e mais perguntas. Faltavam as respostas. Faltava o gol para uma torcida que, em estado de choque, até tentava continuar cantando.
Mas viria o silêncio. Viria o golpe final. Viria o gol de Kaluyituka aos 40 minutos. Nem mil e um pesadelos poderiam prever que o Inter seria eliminado do Mundial de Clubes já na estreia.
 
MAZEMBE 2 X 0 INTERNACIONAL
Kidiaba, Nkulukuta, Kimwaki, Ekanga e Kasusula; Mihayo, Kaluyituka, Bedi e Kasongo; Kabangu (Kanda) e Singuluma. Renan, Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Wilson Matias, Guiñazu, Tinga (Giuliano) e D'Alessandro; Rafael Sobis (Oscar) e Alecsandro (Leandro Damião).
T: Lamine N'Diaye T: Celso Roth
Estádio: Mohammed bin Zayed, em Abu Dhabi (Emirados Árabes). Data: 14 de dezembro. Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda). Auxiliares: Berry Simons (Holanda) e Sander Van Roekel (Holanda).
Gols: Kabangu, aos sete, e Kaluyituka, aos 40 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Nkulukuta (Mazembe); Índio (Inter).
Público: 22.131.  FONTE:GLOBOESPORTE.COM     

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010



Estudiantes é campeão do Apertura

Equipe de La Plata vence o Arsenal de Sarandí por 2 a 0 e garante vaga no Grupo 7 da Libertadores ao lado de Cruzeiro e, possivelmente, Corinthians


Verón recebe a taça de campeão do Estudiantes'La Brujita' Verón levanta a taça do Apertura: Estudiantes caiu em grupo complicado na Libertadores (EFE)

O Estudiantes é o campeão do Torneio Apertura de 2010. Com campanha irretocável em casa – nove vitórias, inclusive a deste domingo, fora do Ciudad de La Plata –, a equipe de La Plata derrotou o Arsenal de Sarandí, por 2 a 0, em Quilmes, e conquistou o seu quinto título nacional. Os gols do triunfo foram de Gaston Fernández e Hernán López.
O resultado interessa diretamente aos brasileiros Cruzeiro e Corinthians. A Raposa terá direito a duas revanches diante do algoz da Libertadores de 2009 na edição de 2011. O Timão, por sua vez, cairá na pedreira do Grupo 7 se passar pelo Colombia 3 na pré-Libertadores. O Guaraní, do Paraguai, completa a chave.
Campeão, o Estudiantes reforça a tese de que é o "novo" Boca Juniors da década. Desde 2006, conquistou uma Taça Libertadores e dois nacionais, além de dois vice-campeonatos em Apertura e Clausura e um vice da Copa Sul-Americana, para o Internacional, em 2008.
Vélez termina ano de centenário com vice
Leandro Benitez comemora gol do Estudiantes contra o ArsenalBenítez comemora o seugndo do Pincha (Foto: AFP)
O título da equipe de Alejandro Sabella veio independente da vitória do Vélez Sarsfield sobre o Racing, fora de casa, por 2 a 0. O Estudiantes terminou a competição com 45 pontos, dois a mais que o rival na disputa pelo caneco. Só um empate do Pincha e uma vitória do Vélez forçariam a disputa de um jogo extra no meio da semana. Martínez e Moralez marcaram no Cilindro.
Apesar da boa campanha no Apertura, o vice-campeonato encerra um ano de centenário de decepção para o Vélez. Nono colocado no Clausura, eliminado nas oitavas de final da Taça Libertadores para o Chivas e para o Banfield na fase nacional da Copa Sul-Americana, a equipe terminou a temporada sem um título sequer, em caso semelhante ao do Corinthians no Brasil.
O alento é a classificação para o Grupo 4 da Libertadores, chave teoricamente mais fácil do que a do Estudiantes, ao lado de Caracas, da Venezuela, Universidad Católica, do Chile, e Chile 3 ou Bolívar, da Bolívia.
FONTE:GLOBOESPORTE.COM


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010



Inovações na regra são a atração na vitória de paulistas sobre cariocas

Cartão azul, substituições ilimitadas e revisão de lances em vídeo foram utilizados pela arbitragem no amistoso em São Caetano do Sul

Por GLOBOESPORTE.COM São Caetano do Sul, SP


Várias inovações puderam ser testadas no amistoso entre cariocas e paulistas no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul. O jogo terminou com a vitória por 3 a 1 da equipe de São Paulo, mas as atenções estavam voltadas aos testes de novas regras para o futebol. Entre elas, o ritmo lento da partida não fez com que os treinadores sentissem necessidade de pedir os seus tempos técnicos de dois minutos, mas todas as outras novidades foram observadas.
A primeira inovação testada foi a utilização do vídeo em lances polêmicos no gol do Rio de Janeiro, marcado por Dedé. O técnico Vagner Mancini pediu que o lance fosse revisto e um colegiado formado pelo árbitro Salvio Spinola, os auxiliares Roberto Braatz e Ednilson Corona, o 4º árbitro Rodrigo Braghetto, o assistente de vídeo Walter José dos Reis, além dos dois capitães Carlos Alberto, pelos cariocas, e Elano, pelos paulistas. Todos concordaram que o lance foi legal com exceção de Braghetto. Por maioria de 6 a 1, a jogada foi validada. O reforço do Santos para 2011 não gostou muito:
- Parar o jogo é complicado. A gente pode ver o lance depois e chegar à mesma conclusão - avaliou Elano.
Neymar, por outro lado, não se incomodou muito e até teve a ideia de fazer uma comemoração em dose dupla: uma na hora do gol e outra na confirmação.
- A gente faz uma dancinha, vê se foi gol e faz outra dancinha - brincou o santista.
No segundo tempo, foi a vez de Zico, que comandou o time do Rio de Janeiro, questionar um lance. Neymar caiu na entrada da área em disputa com Dedé, e Salvio Spinola assinalou a falta. O colegiado foi conferir o vídeo e, por unanimidade, concordaram com o árbitro principal. Na cobrança, Baiano fez um belo gol.
- Não vi necessidade de pedir análise do lance da falta, mas provocamos isso para ver como funcionava. A inovação é válida, até porque não podemos em uma Copa do Mundo ter um gol não validado depois de entrar um metro ou um jogador carregar a bola com a mão na frente de todo mundo e não acontecer nada - explicou o Galinho.
Mancini não tinha pedido ainda alguma revisão na etapa final, mas, diante de outra reclamação dos cariocas de que a cabeçada de Somália teria entrado aos 26, ele cedeu a sua vez para provar que não havia sido gol. E, com exceção de Carlos Alberto, todos confirmaram que foi apenas escanteio. Com isso, nenhuma decisão da arbitragem foi alterada por causa do vídeo.
Carlos Alberto, capitão do Rio, e Elano, de São Paulo, analisam polêmica (Foto: Flávio Pereira / VIPCOMM)Carlos Alberto replay copa inovação
Quanto às substituições ilimitadas, os técnicos usaram e abusaram desta experiência. Jogadores entraram e saíram durante o tempo inteiro. Já o cartão azul pintou quase no fim do segundo tempo. O zagueiro botafoguense Antônio Carlos reclamou de um pênalti a favor dos paulistas e levou a advertência, em que teve que cumprir dez minutos no banco. Ele retornou pouco antes dos descontos.
A agitação da torcida no ABC paulista começou com a chegada de Neymar, que apareceu apenas durante a execução do hino nacional e começou no banco de reservas por conta do atraso. A partida em si correu em ritmo de treino. O primeiro lance importante aconteceu aos sete minutos, quando Dedé derrubou Dentinho na área. Zico não questionou e Elano bateu firme para abrir o placar.
Aos 15 minutos, um lance engraçado à beira de campo. O volante Baiano, do Guarani, deu um carrinho na lateral na tentativa de alcançar a bola e atingiu o auxiliar Roberto Braatz. O assistente, de brincadeira, pediu um cartão para o atleta. Aos 26, saiu o gol de empate de Dedé, protestado pelos paulistas e validado pelo colegiado. As chances se sucederam com destaque para uma boa jogada de Carlos Alberto que tentou encobrir o goleiro Gustavo e uma bomba de Elano. Ambas saíram pela linha de fundo.
No segundo tempo, aos 10 minutos, Baiano fez de falta, outro lance que foi contestado e validado. Pouco depois, acertou mais uma vez o travessão em nova cobrança. Neymar abusou das gracinhas, assim como Dentinho, e se irritou um pouco aos 26, quando acabou sendo xingado por alguns torcedores no momento em que foi substituído. Para encerrar o placar, aos 36, Mazola foi derrubado por Leandro Euzébio na área com direito a cartão azul para Antônio Carlos por reclamação. Pênalti que Neymar tentou dar uma paradinha, mas foi interrompido, levou amarelo e só depois bateu com categoria para dar números finais ao amistoso: 3 a 1.
A competição será disputada de 2010 a 2014, com cinco edições anuais. Ao término de cada uma delas será enviado um relatório à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Fifa. Para acompanhar o jogo, o torcedor trocou o ingresso por um quilo de alimento não perecível ou por um brinquedo. Toda a arrecadação será destinada às crianças carentes.
São Paulo iniciou com: Gustavo (Santo André); Paulo César (Prudente), Anderson (ex-Corinthians), Leandro Castan (Corinthians) e Diogo (São Paulo); Ralf (Corinthians), Baiano (Guarani), Elano (Santos) e Bruno César (Corinthians); Mazola (Guarani) e Dentinho (Corinthians). Entraram ainda: Neymar (Santos), Juninho Paulista (ex-São Paulo e dirigente do Ituano) e Fabrício (base do Corinthians).
Já o Rio de Janeiro foi formado por: Rafael (Fluminense); Léo Moura (Flamengo), Dedé (Vasco), Leandro Euzébio (Fluminense) e Marcelo Cordeiro (Botafogo); Fernando Bob (Fluminense), Somália (Botafogo), Carlos Alberto (Vasco) e Tartá (Fluminense); Diego Maurício (Flamengo) e Somália (Duque de Caxias). Entraram ainda: Toró (ex-Flamengo), Antônio Carlos (Botafogo) e David (ex-Fluminense).
  FONTE:GLOBOESPORTE.COM

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010



Fim de um ciclo: pouco a pouco, geração de 2006 é dissolvida

Participantes de uma fase vitoriosa, Bruno, Toró e Juan não estão mais no clube. Com situação indefinida, Léo Moura e Angelim são os remanescentes

Por Richard Souza Rio de Janeiro

Bruno, Toró, Juan, Léo Moura e Ronaldo Angelim. Símbolos de uma geração vitoriosa do Flamengo, que só não é maior que aquela comandada por Zico, brilhante na década de 80. Os três primeiros estão fora do grupo. Nesta quarta-feira, Juan recebeu a notícia de que o contrato, com vencimento no próximo dia 31, não será renovado. O lateral-esquerdo se transforma em símbolo da nova filosofia que a diretoria e Vanderlei Luxemburgo pretendem implantar. O técnico reconhece que é hora de o clube aproveitar o fracasso do ano sem títulos para se reconstruir. A principal missão é tornar o grupo mais jovem.
Bruno, Toró, Juan, Léo Moura e Ronaldo Angelim: maior parte da geração vitoriosa está forada do clube montagem - Bruno, Toró, Juan, Léo Moura e Ronaldo Angelim - 
flamengo
Pouco a pouco, um a um, a geração que se perpetua desde 2006 se dissolve. Uma base acostumada a acumular conquistas. Foram três estaduais, uma Copa do Brasil (este título sem Bruno) e o Brasileirão de 2009, além da disputa de três edições da Libertadores da América (2007, 2008 e 2010). A diretoria entende que é hora de reformular.
Bruno foi o primeiro a deixar o Flamengo. Saiu pela porta dos fundos, envolto em polêmica. Capitão do time, destaque de títulos importantes, apontado por muitos como capaz de servir a Seleção Brasileira, passou a ter o nome estampado nas manchetes policiais. Está preso desde julho por acusação no desaparecimento de Eliza Samudio. Teve o contrato rescindido e, aos poucos, o nome desvinculado do Rubro-Negro. Na última terça-feira, a Justiça do Rio condenou o goleiro por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra a ex-namorada. Na sentença, foi condenado a cumprir quatro anos e seis meses de prisão. Em cinco anos, disputou 234 partidas e sofreu 291 gols.

Depois de 171 jogos e sete gols em cinco anos de contrato, Toró deixou de ser jogador do Flamengo em outubro deste ano. Uma despedida melancólica, carregada de tristeza e mágoa. O diretor de futebol Luiz Augusto Veloso foi o responsável por informar que a proposta de renovação de contrato não fora aceita. O volante, de 24 anos, sentiu a pancada. Ficou chateado pela maneira como foi tratado. Na saída, lamentou que uma geração vitoriosa estivesse sendo destruída. Depois de uma fase de indefinição sobre o futuro, o jogador está a caminho de Belo Horizonte. Vai defender o Atlético-MG por três temporadas.
O contrato do lateral-esquerdo Juan termina no último dia do ano, mas a diretoria rubro-negra se apressou ao definir que não será renovado. Atuações ruins, alto salário e desgaste contribuíram para a decisão. Juan chegou ao Flamengo no início de 2006. De lá para cá, vestiu a camisa rubro-negra 256 vezes e marcou 32 gols. Não deve ficar desempregado. Aos 28 anos, o atleta está nos planos de São Paulo e Atlético-MG para 2011.
Os remanescentes
Até segunda ordem, Léo Moura e Ronaldo Angelim continuam no Flamengo. Com 307 jogos no clube e 38 gols, o lateral é o mais antigo da geração e só sai se quiser. Mas este é o problema. Com o contrato defasado em relação aos que foram contratados neste ano, o jogador, de 32 anos, tem propostas generosas de Santos e Inter e reivindica aumento. O fato de paulistas e gaúchos disputarem a próxima edição da Libertadores pode pesar na decisão. O Rubro-Negro decidirá se o libera, pois o contrato do camisa 2 termina apenas no fim de 2011.
Herói do hexa. Ronaldo Angelim não goza mais do mesmo prestígio no Flamengo e, apesar de ter mais um ano de contrato, não tem permanência assegurada. Até então, foram 253 jogos e 16 gols. Ainda que fique, Angelim não deve ser titular. David, 23 anos, e Welinton, de 21, são os mais cotados para compor o setor defensivo pelo menos no início da temporada seguinte.
FONTE:GLOBOESPORTE.COM

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Atletas para a história: 22 colorados partem para conquista do planeta

Com grupo experiente e vencedor, mas abalado por desfalques, Inter embarca nesta quarta-feira para Abu Dhabi, palco do Mundial

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre

22 jogadores Internacional MuldialOs 22 representantes: problema com Rodrigo diminuiu a lista (Foto: Montagem sobre foto da VIPCOMM)
Oscar, 19 anos, típico magrelo veloz, parte aos dribles para cima de Índio, 35, dez títulos pelo clube, figura quase mitológica dos anos dourados do Inter. Na dividida, a bola sobra com Bolívar, o capitão chamado de general. De um lado, passa voando Nei, careca espevitado, o lateral operário, que não gosta de aparecer, não quer chamar a atenção. Quase careca, mas com um corte moicano dividindo a cabeça, quem recebe é Guiñazu, um dos jogadores mais malucos da história do Inter, figura imune à dor, sujeito alheio ao cansaço. Na frente dele, estão as tranças de Tinga, colorado desde o ventre da mãe dele, D’Alessandro, já nascido com uma camisa 10, Rafael Sobis, atacante que se alimenta de finais. Wilson Matias orientará o passe, Kleber fará o cruzamento, Alecsandro completará para o gol, Renan baterá palmas do outro lado. São 22 personagens, 11 delas titulares, que partem ao meio-dia desta quarta-feira rumo a Abu Dhabi. A missão é transformar o Inter em um clube bicampeão do mundo.
Experiência e qualidade marcam elenco colorado
(Foto: VIPCOMM)
Destinos tão diferentes, trajetórias tão opostas, currículos tão distintos: 22 homens separados por muita coisa e unidos pelo desejo de mandar no mundo do futebol. O Inter vai para o Mundial com Pato Abbondanzieri, 38 anos, dono de mais títulos do que muito clube grande jamais sonhará ter. E também com Eduardo Sasha, 18, recém-saído do berço futebolístico. Com um elenco experiente (Bolívar, Guiñazu, Tinga, Alecsandro), campeão (Abbondanzieri, Índio, Kleber, D’Alessandro, Rafael Sobis) e munido de ares de renovação (Oscar e Leandro Damião), o Colorado dá sinais de que pode encarar de frente quem quer que seja – mesmo que seja um xará, que seja italiano, que tenha Sneijder, Eto’o e Milito. Mas também há problemas.
São os desfalques. O primeiro foi Ilan, ainda antes da definição da lista final. O segundo foi Glaydson, na segunda-feira, com lesão muscular. O terceiro foi Rodrigo, por problemas legais, com inscrição negada pela Fifa. Deixou de ser o elenco que Celso Roth queria. Pior: a disputa do Mundial deve ser com os 22 jogadores que viajam nesta quarta, já que a presença de Sorondo, escolhido para substituir Rodrigo, não deve se confirmar. O regulamento não prevê trocas por questões burocráticas.
Com ou sem desfalques, Celso Roth comandará no Mundial um grupo que mistura atletas muito identificados com o clube com outros que tentam firmar uma trajetória mais sólida com a camisa vermelha. Confira, jogador por jogador, quem é quem no Mundial de Clubes.
1. Renan
O Inter passou a fazer parte da rotina diária de Renan aos nove anos, quando ele vestiu luvas e passou a treinar nas categorias de base do clube. Sempre foi um goleiro dos mais promissores, com passagens sólidas pelas seleções de base. Reserva de Clemer no título mundial de 2006, agora ele pode ser campeão como titular, após passagem pela Espanha. Não tem a confiança total da torcida, mas passou por período forte de treinos, uma ação que pode ser decisiva no Mundial.
2. Bolívar
Bolívar anda fazendo Tales, o filho dele, dormir horas e horas a fio. Quer que o menino sonhe com o título mundial, repetindo a premonição do primeiro jogo da final da Libertadores, quando o garoto recebeu, durante o sono, o aviso de que o pai dele marcaria um gol. Pois aconteceu, e Bolívar, o capitão, o general, ergueu a taça continental. Maior líder do elenco, ele pode repetir o que fez Fernandão em 2006 e ser eternizado também com o Mundial.
Bolívar com taça LibertadoresBolívar ergue taça da Libertadores. Sonho agora é maior (Foto: Vipcomm)
3. Índio
Índio cortava cana, trabalhava da manhã à noite espiando de canto de olho uma marmita que não tinha nada além de um ovo frito – e gelado. Com 20 anos, virou jogador de futebol. Com 35, pode ser bicampeão do mundo. É um dos maiores zagueiros que o Inter já teve, com dez títulos pelo clube, com mais gols do que Figueroa. Foi o único atleta do atual elenco a não deixar o clube desde o Mundial de 2006.
4. Nei
Nei quer repetir Ceará: no título, não na fama por barrar craques. Ele diz que se Bolívar for o melhor em campo, se D’Alessandro fizer gols, se Oscar arrebentar e se ele ficar na dele, sem problemas. O negócio é levantar a taça. Lateral discreto, mas competente, o jogador buscado pelo Inter no Atlético-PR vai ao Mundial com a certeza de ter conquistado solidez ao longo do ano.
5. Guiñazu
Guiñazu, com um calor de 40 graus, costuma treinar com uma capa de chuva para suar mais. Guiñazu, depois de treinos em dois turnos, chega em casa e corre na esteira. Guiñazu, nas férias, descansa durante um dia e corre nos outros 29. Guiñazu, certa feita, jogou uma partida inteira com um buraco do tamanho de uma moeda no joelho. Guiñazu, com o braço quebrado, quase deu um carrinho em um médico que o impedia de voltar a campo por causa da lesão. Pablo Horácio Guiñazu, El Cholo, argentino adorado pela torcida, pode marcar época definitivamente com o título mundial.
6. Kleber
Talvez dono do melhor cruzamento do futebol brasileiro, Kleber é uma referência técnica do time do Inter. Os colegas olham para ele e se sentem confiantes em acioná-lo. Também carrega a experiência em campo. Ganhou tudo que é título, incluindo o Mundial, em 2000, com o Corinthians.
7. Tinga
Paulo César Tinga nasceu colorado. E foi criado pelo Grêmio. Saído de uma infância que levou seus amigos à morte ou à cadeia, o jogador de coração vermelho agradece ao clube azul por tudo que fez por ele. Mas se sente em casa mesmo é no Beira-Rio. É um símbolo do coloradismo, um dos jogadores mais identificados com a torcida. Já tem duas Libertadores, e agora busca o Mundial.
8. Giuliano
Se o jogo estiver complicado e Giuliano começar a aquecer do lado de fora, já vai ter colorado gritando gol. Assim foi na Libertadores: raramente titular, sempre decisivo. O talismã vermelho fez seis gols na caminha do título continental do Inter. Vai ao Mundial com número de titular, mas como reserva de luxo.
Talismã da Libertadores, Giuliano será banco no Mundial (Foto: Rodholfo Burher / Agência Estado)
 
9. Alecsandro
Tem mais de 50 gols pelo Inter, mas segue dividindo uma torcida que parece mais propensa a reclamar dele do que a dar incentivo. Pouco político nas palavras, ganhou fama de presunçoso. Mas faz gols, e tem a confiança dos colegas justamente por causa disso. O jogador tem a mais absoluta certeza de que viverá o melhor momento da carreira dele no Mundial de Clubes.
10. D’Alessandro
É o grande craque do elenco vermelho, dono de uma perna canhota rara, proprietário de um drible quase impossível de marcar, o La Boba. Quase todas as jogadas do Inter passam pelos pés de Andrés Nicolas D’Alessandro. Argentino do tipo irritado, que costuma arranjar confusão em campo, ele vive um momento único no Inter: é amado pela torcida logo depois de ser uma das referências do título da Libertadores.
11. Rafael Sobis
Não é por acaso que Rafael Sobis tem três gols em finais de Libertadores pelo Inter. Típico jogador que cresce em decisão, ele foi preparado por Celso Roth para estourar no Mundial. Tenta conquistar o título que perdeu em 2006 por se transferir para o Betis. Da Espanha, soluçou de tanto chorar ao ver o Inter campeão.
12. Derley
É o reserva imediato para os dois volantes. Jogador alto, às vezes exageradamente ansioso, tem a marcação forte como arma. Derley passou pelo Náutico para retornar ao Inter com mais moral e ganhar uma vaga em Abu Dhabi.
14. Ronaldo Alves
Ronaldo Alves foi discreto, comeu pelas beiradas e desbancou Sorondo depois de o uruguaio passar por cirurgia de hérnia inguinal. O zagueiro não teria grandes chances de ser aproveitado em Abu Dhabi se Rodrigo também estivesse na lista. Com o corte do colega, virou reserva imediato.
15. Eduardo Sasha
O garoto recém-saído das categorias de base do Inter estava em casa, se preparando mentalmente para passar por uma cirurgia de correção óssea no calcanhar, quando foi avisado de que jogaria o Mundial. Aos 18 anos, é ele o substituto de Glaydson, afastado do Mundial por lesão muscular.
16. Juan
O jovem zagueiro vai ao Mundial mais como reserva de Kleber na lateral esquerda do que como opção para a zaga. Carrega o número 16, que pertenceu em 2006 a Adriano Gabiru, o autor do gol do título mundial.
17. Andrezinho
É um reserva com estrela de titular. Já fez gols decisivos pelo Inter e agora espera repetir a dose no Mundial. O sonho do meio-campista é ir a campo em uma eventual decisão contra o Inter de Milão, bater uma falta contra Julio Cesar, amigo dele nos tempos de Flamengo, e ser o dono do gol de novo título mundial do Colorado.
18. Oscar
Maior promessa do elenco vermelho, Oscar vai ao Mundial com jeito de Alexandre Pato – não na característica de jogo, mas na trajetória. Ele cresceu na hora certa, cavou uma vaga no elenco e virou um dos reservas mais importantes. Tem encantado nos treinamentos.
Oscar vai ao Mundial como grande promessa colorada (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)
19. Leandro Damião
Muitos colorados gostariam que Leandro Damião fosse o titular do Inter. Mas ele estará no Mundial como suplente, figurando no banco como alternativa forte para a necessidade de o time intensificar as ações ofensivas. Com crescimento meteórico no clube, trocou o time B por gol em final de Libertadores em questão de meses.
20. Wilson Matias
Talvez seja o titular mais discreto do Inter. Volante de boa passagem pelo México, o jogador tenta driblar a desconfiança e provar que pode ser um bom titular do Inter ao lado de Guiñazu no sistema de contenção do meio-campo.
21. Daniel
Daniel ganhou uma vaga nos últimos dias, muito por causa da incerteza do clube com a situação de Glaydson, que acabou mesmo cortado. Nunca foi um lateral de grande brilho, mas vem melhorando nos treinos.
22. Abbondanzieri
Se colocasse todas as faixas que já recebeu, não conseguiria se mexer. Ídolo histórico do Boca Juniors, Pato Abbondanzieri é um dos jogadores mais queridos pelos colegas. Titular em parte da conquista da Libertadores, irá ao Mundial como reserva de Renan e deve se aposentar logo depois.
23. Lauro
Lauro teve grandes momentos no Inter, especialmente na conquista da Sul-Americana, mas algumas falhas custaram caro para ele. O jogador virou reserva de Abbondanzieri e ficou ainda mais distante da condição de titular com a chegada de Renan. Correu o risco de não ir ao Mundial. Deve deixar o clube em 2011.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fluminense recebe a taça em festa marcada por provocação corintiana

Sanches faz crítica indireta ao campeão e é vaiado por torcedores tricolores no Prêmio Craque do Brasileirão. Conca recebe três troféus

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Um dia depois de comemorar o título brasileiro depois de 26 anos, os jogadores do Fluminense puderam concretizar o sonho de erguer a taça de campeão nacional de 2010. Entregue pelas mãos de um torcedor ilustre do Corinthians, clube que disputou o troféu com o Tricolor carioca até a última rodada. Fred e Conca, ladeados por seus companheiros, receberam o troféu do presidente Luis Inácio Lula da Silva no encerramento do Prêmio Craque do Brasileirão, realizado na noite desta segunda-feira, no Theatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro.
Fluminense craque do brasileirãoGanhador de três troféus no Prêmio Craque Brasileirão, Conca segura a taça mais cobiçada ao lado de Ricardo Berna: a de campeão nacional de 2010 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
E a luta entre os dois clubes esteve no centro do momento mais polêmico, que teve o presidente do Corinthians como protagonista. Chamado ao palco como parte da homenagem ao centenário do clube, Andrés Sanches provocou indiretamente o Fluminense.
- Quero parabenizar Fluminense, Coritiba e ABC, que foram campeões. Eu sei o que é cair para a Segunda Divisão, porque eu caí com meu time. Mas tenho orgulho de ter voltado à Primeira Divisão pela porta da frente - disse, fazendo uma menção, sem citar o nome do Tricolor carioca, ao fato do Flu não ter disputado a Série B, passando diretamente da Terceira Divisão para a Primeira em 2000 com a criação da Copa João Havelange.
Na primeira fila, o presidente do Flu, Roberto Horcades, balançou a cabeça em sinal de desaprovação. E os torcedores do clube carioca presentes ao Theatro Municipal vaiaram intensamente o dirigente corintiano, que alegou não estar se referindo ao adversário antes de decidir encerrar o seu curto discurso diante dos protestos. E teve que ouvir um coro ironizando o fato do time paulista não ter conquistado títulos relevantes em seu centenário.
- É 'centernada'. É 'centernada' - gritaram os tricolores.
Destaque do Fluminense na competição, o argentino Conca foi o grande vencedor da noite. Além de ser escolhido o melhor meia pela esquerda, o camisa 11 do Fluminense ganhou o prêmio de principal jogador da competição e foi eleito pelos internautas o craque da galera.
Apesar de ficado sem a taça, o Corinthians foi o clube com maior número de representantes na seleção do Brasileirão 2010, com três nomes: Roberto Carlos, Elias e Jucilei. O campeão Fluminense e o vice Cruzeiro foram as outras equipes com mais um de eleito: Mariano e Conca pelo Flu, e Fábio e Montillo pelo time mineiro. Grêmio (Jonas), São Paulo (Miranda), Santos (Neymar) e Vasco (Dedé) também contaram com nomes entre os premiados. A revelação da competição foi do Timão - Bruno César. E o Flu teve o melhor técnico do Nacional: Muricy Ramalho, vencedor do prêmio em cinco das seis edições.
ronaldo, prêmio craque do brasileirãoRonaldo foi homenageado pelo conjunto de sua
carreira (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Ronaldo foi um dos homenageados da noite. Muito emocionado com a apresentação de imagens de sua carreira, o atacante destacou o orgulho de ter defendido a seleção brasileira por 12 anos (de 1994 a 2006) e disse que espera servir de exemplo para as crianças do Brasil.
Campeões da Série B e C, respectivamente, Coritiba e ABC também receberam seus troféus no palco do Theatro Municipal. O Bahia, que retorna à elite do futebol nacional em 2011, foi lembrado pelo apoio de seus torcedores, que receberam o título de "torcida de ouro 2010".
Os campeões mundiais em 70 também foram homenageados, recebendo medalhas, entregues pelo presidente de honra da Fifa, João Havelange. E o ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, anunciou a criação de um fundo de pensão voltado para os ex-jogadores.
Premiados:
Goleiro: 1) Fábio (Cruzeiro); 2) Victor (Grêmio); 3) Jefferson (Botafogo)
Lateral-direito: 1) Mariano (Fluminense); 2) Léo Moura (Flamengo); 3) Jonathan (Cruzeiro)
Zagueiro pela direita: 1) Dedé (Vasco); 2) Alex Silva (São Paulo); 3) Chicão (Corinthians)
Zagueiro pela esquerda: 1) Miranda (São Paulo); 2) Réver (Atlético-MG); 3) Leandro Euzébio (Fluminense)
Lateral-esquerdo: 1) Roberto Carlos (Corinthians); 2) Kleber (Inter); 3) Diego Renan (Cruzeiro)
Volante pela direita: 1) Jucilei (Corinthians); 2) Fabrício (Cruzeiro); 3) Willians (Flamengo)
Volante pela esquerda: 1) Elias (Corinthians); 2) Arouca (Santos); 3) Marcos Assunção (Palmeiras)
Meia pela direita: 1) Montillo (Cruzeiro); 2) D'Alessandro (Inter); 3) Paulo Baier (Atlético-PR)
Meia pela esquerda: 1) Conca (Fluminense); 2) Bruno César (Corinthians); 3) Douglas (Grêmio)
Atacante 1: 1) Jonas (Grêmio); 2) Thiago Ribeiro (Cruzeiro); 3) Eder Luis (Vasco)
Atacante 2: 1) Neymar (Santos); 2) Kleber (Palmeiras); 3) Loco Abreu (Botafogo)
Treinador: 1) Muricy Ramalho (Fluminense); 2) Cuca (Cruzeiro); 3) Renato (Grêmio)
Craque do campeonato: Conca (Fluminense)
Revelação: Bruno César (Corinthians)
Craque da galera: Conca (Fluminense)
Árbitro: 1) Sandro Meira Ricci; 2) Carlos Eugênio Simon; 3) Paulo César de Oliveira
FONTE:GLOBOESPORTE.COM