sábado, 24 de setembro de 2011

BRASILEIRÃO 40 ANOS - OS CAMPEÕES DE 1974, 75,76


Vasco da Gama Campeão Brasileiro – 1/8/1974

A campanha.
Foram 28 jogos, com 12 vitórias, 12 empates e 4 derrotas.
Marcou 33 gols e sofreu 18.
Somou 36 pontos, 2 a menos que o vice-campeão o Cruzeiro
Santos e Internacional também participaram do quadrangular final.
Em 24 de julho, aconteceu o jogo que seria decisivo para o título.
No Mineirão, Cruzeiro e Vasco empataram em 1 gol.
Aos 43′do Segundo Tempo, o árbitro Sebastião Rufino teria deixado de marcar um pênalti a favor do Cruzeiro.
A confusão em campo foi  generalizada.
Aquele resultado deixou o Vasco a uma vitória do título. Tinha que vencer o Internacional no Rio de Janeiro.
Se o Cruzeiro tivesse derrotado o Vasco, poderia conquistar o título na rodada seguinte, contra o Santos, em São Paulo.
Pois bem, o quadrangular acabou empatado.
Houve a necessidade de uma partida extra que teria como mandante a equipe com melhor campanha, no caso, o Cruzeiro.
O Vasco, no entanto, entrou com um recurso alegando falta de segurança, devido aos problemas no jogo de 24 de julho.
O Tribunal da CBF suspendeu a partida, e após um acordo entre dirigentes de ambas equipes, decidiram que a final seria no Maracanã

O mando foi invertido.
Eis a ficha técnica da partida final:

Data: 1º de agosto de 1974
Vasco da Gama 2×1 Cruzeiro
Local: Maracanã (Rio de Janeiro).
Público: 112.933
Árbitro: Armando Marques (SP)

Gols: Ademir aos 14′ do Primeiro Tempo, Nelinho aos 19′ e Jorginho Carvoeiro aos 33′do Segundo Tempo
Vasco da Gama: Andrada, Fidélis, Miguel, Moisés, Alfinete; Alcir, Jorginho Carvoeiro, Zanata; Ademir, Roberto Dinamite e Luís Carlos. Técnico: Mário Travaglini
Cruzeiro: Vítor, Nelinho, Perfumo, Darci, Vanderlei; Piazza, Zé Carlos, Dirceu Lopes; Roberto Batata, Palhinha, depois Joãozinho, Eduardo, depois Baiano. Técnico: Ilton Chaves


INTERNACIONAL CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1975
A primeira vez é inesquecível!
Para conquistar o título tão desejado, o Internacional começou a montar o time vencedor de 1975 um ano antes. Do Fluminense veio o ponta-esquerda Lula, e do Nacional de Montevidéu, o goleiro Manga chegou para ser o titular absoluto. Já no ano da conquista, os atacantes Flávio Almeida da Fonseca e Flávio Bicudo desembarcaram em Porto Alegre oriundos do Porto, de Portugal. Mas a grande estrela desse vitorioso time já estava no Colorado desde o final de 1971.

Atuando entre os anos de 1972 e 1976 no Internacional, Elias Figueroa foi comandado pelos técnicos Dino Sani e Rubens Milnelli, ganhou campeonatos regionais e dois brasileiros. Considerado um dos melhores zagueiros da época, Dom Elias deu nova dimensão ao futebol do Internacional. Ídolo da torcida, ele foi o capitão de um feito inédito para os colorados em uma campanha na qual o time não só venceu, mas encantou o país.

Foram apenas três derrotas em todo o campeonato e muitas vitórias que estão até hoje na memória de muitos torcedores. Na semifinais, o Internacional bateu o Fluminense em pleno Maracanã. E olha que não era um Fluminense qualquer. Craques como Rivelino e Paulo César Caju faziam parte daquela equipe. O resultado foi 2 a 0 para o Internacional, com gols de Lula e Carpeggiani. Depois disso foi só esperar a final.

Inter venceu o poderoso time do Fluminense no Maracanã e avançou à final em 75

O Beira-Rio lotou para ver as duas melhores equipes do Brasil. Ou Inter ou Cruzeiro, apenas uma sairia campeã. O time de Minas Gerais tinha armas poderosas: Nelinho, Piazza, Zé Carlos e Palhinha eram algumas. Todos sabiam que o jogo seria decidido em detalhes.

Ao 11 minutos do segundo tempo, Piazza fez falta em Valdomiro ao lado da área. O próprio Valdomiro ajeitou a bola para a cobrança. Quando o atacante bateu na bola, os torcedores colorados presenciaram um capítulo da história do Campeão de Tudo sendo escrito.

O inesquecível Figueroa subiu mais alto que a zaga cruzeirense e desviou de cabeça. No momento do cabeceio, um facho de luz único naquele setor do gramado, oriundo do pôr-do-sol no Guaíba, iluminou o zagueirão. Apesar do imenso esforço do goleiro Raul, a bola acabou no fundo das redes. Delírio no Gigante da Beira-Rio! O 'Gol Iluminado' estava feito e o 1 a 0 permaneceria até o final do jogo. Inter, campeão brasileiro!

Inter 1 x 0 Cruzeiro
14 dezembro de 1975, no Beira-Rio

Internacional: Manga; Valdir, Figueroa, Hermínio, Chico Fraga; Caçapava, Falcão, Carpegiani ; Valdomiro (Jair), Flávio e Lula. Técnico: Rubens Minelli.
Cruzeiro: Raul; Nelinho, Darci Menezes, Morais, Isidoro; Piazza, Zé Carlos, Eduardo; Roberto Batata, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira.
Gol: Figueroa, aos 12 minutos do segundo tempo.
Árbitro: Dulcídio Wanderlei Boschila.

INTERNACIONAL BI-CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1976
O bicampenato nacional

Em 1976, o Internacional manteve a base vitoriosa do ano anterior. O clube colorado chegou de novo ao topo do futebol brasileiro. A conquista do bicampeonato foi em cima do Corinthians. Valdomiro foi o grande nome da partida, marcando um gol e sendo decisivo em outro, como fora no gol de Figueroa no ano anterior. Também em 1976, o Inter teve outra importante conquista. Desafiado a bater seu próprio recorde e, principalmente, bater a marca do grande rival, o Colorado ganhou o oitavo título gaúcho consecutivo e consolidou o octacampeonato gaúcho, deixando para trás o hepta que o Grêmio havia conquistado em 1968.

A campanha do Internacional no Campeonato Brasileiro de 1976 foi notável: em 23 jogos, a equipe treinada por Rubens Minelli venceu 19, empatou um e foi derrotada em apenas três oportunidades. O regulamento da competição foi o seguinte: os 54 times foram distribuídos em seis grupos de nove equipes. Todas passaram para segunda fase, sendo que as quatro primeiras de cada um formaram quatro grupos de seis times. Desses grupos, os três primeiros colocados passariam para a terceira fase. Do 5º ao 9º lugar dos grupos da primeira fase, foram formados seis grupos de cinco clubes cada, em que apenas o vencedor disputaria terceira fase. A terceira etapa uniu os classificados em duas chaves de nove times e o primeiro e segundo colocados de cada uma delas disputaram as semifinais. A final foi disputada em jogo único.

Inter decidiu título com o Corinthians

O dia 12 de dezembro de 1976 marcou a finalíssima do campeonato. E foi um clássico: Inter e Corinthians se confrontaram em um Beira-Rio completamente lotado. Aos 29 minutos do primeiro tempo, Dadá saltou alto para cabecear e abrir o placar. Na etapa final, aos 12 minutos, Valdomiro cobrou uma falta, a bola bateu no travessão e cruzou a linha do gol. O árbitro José Roberto Wright, apoiado na informação do assistente Luiz Carlos Félix, validou o gol para a explosão vermelha no Beira-Rio: 2 a 0. A segunda estrela representava a afirmação da maioridade do futebol gaúcho.
Artilheiro: Dario - Internacional (16 gols)
Time base: Manga; Cláudio, Figueroa, Marinho Peres e Vacaria; Caçapava, Falcão e Batista; Valdomiro, Dario e Lula. Técnico: Rubens Minelli.
               
Final
Internacional 2x0 Corinthians
Internacional: Manga; Cláudio, Figueroa, Marinho Peres e Vacaria; Caçapava, Falcão e Batista; Valdomiro, Dario e Lula. Técnico: Rubens Minelli.            Corinthians: Toblas; Zé Maria, Moisés, Zé Eduardo e Vladimir; Givanildo, Ruço e Neca; Vaguinho, Geraldão e Romeu. Técnico: Duque.
Local - Beira-Rio, Porto Alegre
Data - 12/12/1975
Gols - Dario (I), aos 29 min do primeiro tempo, e Valdomiro (I), aos 12 min do segundo tempo.
Árbitro - José Roberto Wright
Renda - Cr$ 3.200.795
Público - 84.000 pagantes