sexta-feira, 20 de novembro de 2009

BRASILEIRÃO ATÉ A CALÇADA DA FAMA

Túlio Maravilha retorna ao Botafogo para 'abençoar' o elenco alvinegro na reta final




Atacante diz que o Glorioso não vai cair e afirma estar na torcida para o Flamengo conquistar o Campeonato Brasileiro: 'Chega desses paulistas'



Depois de nove anos, Túlio Maravilha voltou a viver o ambiente do Botafogo. Nesta quinta-feira, o último grande ídolo do Alvinegro visitou o Engenhão durante o treino do elenco. Ao reencontrar o ex-companheiro Wagner, atualmente treinador de goleiros, o artilheiro resumiu a maior conquista de ambos, o Campeonato Brasileiro de 1995.
- Lá na frente eu fazia. E atrás ele pegava - brincou.

O reencontro de dois ídolos: Túlio Maravilha e Wagner, campeões brasileiros pelo Glorioso em 1995

O atacante deixou claro que a sua missão ao visitar os jogadores do Glorioso era passar, ao menos um pouco, o seu faro de gol para aqueles que hoje brigam na parte de baixo da tabela e buscam livrar o clube do rebaixamento.
- O jogador que defende o Botafogo precisa entrar em campo com alegria, e o time não vai cair. Vamos vencer o São Paulo no domingo (às 17h, no Engenhão) e seguir na Série A no ano que vem. Tenho certeza de que vou passar bons fluidos ao grupo - disse ele, que entrou em campo para cumprimentar Reinaldo, atual camisa 7, e desejou sorte ao técnico Estevam Soares.
Túlio ainda destacou o objetivo de voltar ao Engenhão no futuro, mas para entrar em campo e marcar seu milésimo gol, que segundo ele acontecerá em 2011. Atualmente, o atacante defende o Botafogo-DF, pelo qual planeja marcar seu gol 900 em janeiro do ano que vem, pelo Campeonato do Distrito Federal.

Devidamente uniformizado com a camisa alvinegra, Túlio não larga o antigo companheiro de conquistas

Por causa de compromissos profissionais em Goiânia, cidade na qual é vereador, Túlio não poderá acompanhar a partida deste domingo. Mas garante que vai passar sua estrela aos jogadores.

- Estarei com o time em pensamento. Sinto uma nostalgia boa ao voltar ao Botafogo. A torcida quer ver em campo jogadores comendo grama e dando o máximo em campo. Espero que o Engenhão esteja lotado no domingo.

Embora ligado à história do clube da Estrela Solitária, Túlio Maravilha nunca escondeu a paixão pelo Rio de Janeiro. Por isso, revelou que sua torcida no Campeonato Brasileiro é pelo título do Flamengo.

- Chega desses paulistas. Há muito tempo o futebol do Rio não conquista um título de tanta importância - justificou ele, que elegeu Adriano o melhor atacante do Brasil.

Ironicamente, o Botafogo pode ajudar o Rubro-Negro a assumir a ponta do Brasileirão a duas rodadas do fim. Se o Alvinegro derrotar Tricolor Paulista, líder com 62 pontos, restará ao time da Gávea, que soma 60, superar o Goiás no Maracanã, a partir das 19h30m, para ficar mais perto do hexacampeonato.


GREMIO


Triste e emocionado, Tcheco confirma saída: ‘Imortal Tricolor...’
Jogador fica no elenco até o fim do Campeonato Brasileiro. Na saída, ele lamenta ausência de títulos expressivos com a camisa tricolor

Tcheco em coletiva de imprensa no Olímpico


Tcheco suou a camisa do Grêmio durante quase quatro anos. Nesta quinta-feira, ao anunciar que deixa o clube em 6 de dezembro, o esforço do jogador foi outro. Ele batalhou contra as lágrimas que pareciam querer saltar de olhos marejados. Visivelmente emocionado, o jogador, símbolo do clube desde 2006, confirmou o fim de uma era. Ele não acertou renovação contratual com a diretoria tricolor e busca novo lar para 2010. É provável que vá para o Corinthians.
Foi uma história construída em 182 jogos e 43 gols. Tcheco, quase sempre capitão do time, tinha o carinho da maioria absoluta da torcida gremista, um reconhecimento que superou a ausência de títulos expressivos. Foram só dois Gauchões pelo Grêmio, em 2006 e 2007. Ao anunciar a saída do clube, o camisa 10 deixou claro que dói nele não ter sido campeão brasileiro ou da Libertadores. Tcheco sai frustrado.

PALMEIRAS

Maurício comenta briga com Obina e diz que jogadores já fizeram as pazes

Defensor afirma que seu futuro está nas mãos da diretoria alviverde e evita relacionar a confusão no gramado do Olímpico ao mau momento do Verdão

Um dos pivôs da confusão no gramado do Olímpico, no intervalo da partida entre Palmeiras e Grêmio, nesta quarta-feira, o zagueiro Maurício, que trocou tapas com Obina, comentou, nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Globo, o episódio que pode causar sua dispensa do clube alviverde. O defensor, que teria passado a noite chorando, após as declarações do vice-presidente de futebol Gilberto Cipullo, que disse que os brigões não vestem mais a camisa do Verdão, garantiu que os jogadores já fizeram as pazes.

- Tudo começou no lance do gol. O Obina veio cobrar de mim, eu cobrei dele também. Na situação, os dois estavam errados. Houve alteração de voz, um xingou o outro. Foi um momento de nervosismo, de querer vencer, e acabou acontecendo isso. Já conversamos, nos desculpamos. Somos amigos fora de campo e está tudo em ordem - afirmou.

Maurício, que evitou buscar justificativas para o incidente, preferiu ver a briga como uma lição.

- Isso que aconteceu está errado. Peço desculpas a familiares, torcedores, comissão técnica, diretoria. Isso vai servir de aprendizado para mim e para o Obina.

Sobre sua possível saída do Palestra Itália, o defensor, que voltou a São Paulo antes da delegação alviverde, ressaltou que seu futuro depende da diretoria.

- Tenho contrato com o Palmeiras. Sou funcionário do clube. O que eles decidirem, vou ter que acatar. Está nas mãos deles - disse.

Maurício evitou relacionar o destempero dos dois jogadores à queda de rendimento do time na reta final do Brasileirão.

- O ambiente está normal. Não tem nada de errado. Não tem divisão no grupo. O que aconteceu ontem foi um fato inédito, que ninguém esperava. Todo mundo está unido. Infelizmente, não estamos rendendo o que podemos, nos últimos tempos, mas isso é do futebol - concluiu.

SÃO PAULO

Após volta por cima, Richarlyson deseja formar o inédito grupo de tetracampeões
Atleta foi campeão nos últimos três nacionais e credita superação a Gomes


Depois de um excelente ano em 2007, Richarlyson viveu dias de tristeza em 2008. Foi para a reserva no São Paulo de Muricy Ramalho, e só voltou na última partida do Brasileiro , contra o Goiás , para ajudar o time a assegurar o título. Nesta temporada, o volante viu tudo mudar para melhor com a chegada do técnico Ricardo Gomes, que não só declarou que queria contar com ele nos clubes que comandou na França, como também deu ao jogador novamente a posição de titular. Agora, o camisa 20 busca o quarto título nacional seguido do Tricolor e pode se tornar um dos cinco verdadeiros tetracampeões da equipe. Os outros que também têm chance de carregar esta marca são Bosco, Miranda, Rogério Ceni, Richarlyson e André Dias.


- É maravilhoso estar tão próximo de um objetivo tão grande como esse. Está na minha cabeça, penso nisso quando entro em campo, e entrar para história é ter o que contar para filhos e netos no futuro. É uma oportunidade que bate à porta e pode marcar para o resto da vida, pois é para poucos - ressaltou o jogador

Richarlyson não cansa de exaltar Ricardo Gomes pelas novas chances no time. O volante disse que foi difícil encontrar ânimo para voltar a brigar pela posição de titular, mas que a ajuda do treinador foi fundamental.

- Não gosto de falar em azar, mas o segundo semestre do ano passado foi terrível, tive que buscar força dentro de mim e na família. Como fazer isso estando por tanto tempo em um clube, com quatro títulos na bagagem e passagem pela seleção? Voltei para o banco e teria que mostrar tudo de novo. Tive momentos bons e difíceis com o Muricy. Mas quando o Ricardo disse, no primeiro dia dele, que me queria na França, me motivou, era o que eu precisava.

Agora Richarlyson tem confiança suficiente para ajudar o treinador no que for preciso. Mas confessa que sente um certo receio por ter que jogar como zagueiro, o que deverá fazer neste domingo, contra o Botafogo , no Engenhão. Sem André Dias, suspenso, cabe ao camisa 20 a função de completar o trio defensivo.
- Fico apreensivo porque é uma posição diferente e muito perigosa, depois do zagueiro só tem goleiro, o erro é mínimo. Pelo nível dos zagueiros do São Paulo a responsabilidade é maior ainda. Mas quando fiz um dos gols mais bonitos da carreira, contra o Fluminense, joguei no lugar do Miranda, que estava na seleção. Tenho que saber me comportar como zagueiro e ouvir o que o Ricardo tem a dizer - completou.

PETKOVIC

Ídolo no Marakana, Petkovic será eternizado no Maraca original nesta sexta



Craque, que brilhou pelo Estrela Vermelha em campo inspirado no carioca, deixará pegadas na Calçada da Fama no Rio: 'Eu amo esse estádio'


O nome de Dejan Petkovic ficará eternizado no Maracanã a partir desta sexta-feira, quando as pegadas do craque do Flamengo serão marcadas na Calçada da Fama. O sérvio estreou no estádio em 1997, pelo Vitória, e até hoje disputou 100 partidas nele. Mas sua história com o Maracanã começou bem antes, ainda em Belgrado. Começou no Marakana, com k.

Com a camisa do Estrela Vermelha, Pet disputou 55 jogos no Marakana, estádio do clube sérvio que recebeu o apelido por causa do Maracanã carioca. Construído em 1963, o campo chegou a receber públicos de até 110 mil pessoas. Por isso, a comparação com o “maior do mundo”. Atualmente, o estádio em Belgrado tem capacidade para 55 mil torcedores.

- Esse nome é importante para a minha vida. O Marakana da Sérvia não é tão grande como o daqui, mas os dois são muito importantes, né? É lógico que eu joguei muito mais no do Rio, mas os três anos e meio que fiquei lá no Estrela Vermelha foram muito bons – disse o camisa 43 do Flamengo.

Petkovic é o segundo da esquerda para direita, agachado, na equipe do Estrela Vermelha de 1993



Pet chegou ao clube de Belgrado em 1992, após ser revelado pelo Radnički Niš. No total, foram 140 partidas oficiais pelo Estrela Vermelha, com 39 gols. Camisa 10 do time, o craque foi campeão da Copa da Iugoslávia em 1993, 1995 e 1996, e campeão nacional em 1995. No Marakana, Pet fez 55 jogos e marcou 17 vezes.

- Dejan é um dos maiores jogadores do Estrela Vermelha nos últimos 17 anos. Depois que ele saiu do clube, nós não tivemos mais nenhum jogador com tanta técnica e qualidade – disse  o historiador Radovan Maksimovic, um dos maiores conhecedores da história do clube sérvio.

O craque tem razão ao dizer que jogou mais no Maracanã carioca do que no xará de Belgrado. Com as camisas de Vitória, Flamengo, Vasco, Fluminense, Santos e Atlético-MG, Pet entrou em campo 100 vezes no “maior do mundo”, com 40 vitórias, 29 empates, 31 derrotas e 31 gols. Só pelo Rubro-Negro são até agora 65 jogos (29 vitórias, 16 empates e 20 derrotas) e 22 gols. Desde que voltou ao clube da Gávea neste ano, Pet ainda não perdeu: 12 partidas, com oito vitórias, quatro empates e dois gols.

- Eu amo esse estádio. Só tenho boas lembranças do Maracanã carioca – afirmou.


Marakana de Belgrado e Maracanã do Rio: inspiração carioca no estádio do Estrela Vermelha
Talvez a melhor delas seja a do dia 27 de maio de 2001, quando fez de falta o gol do tricampeonato carioca do Flamengo sobre o Vasco. Aos 43 minutos do segundo tempo (assista no vídeo acima). Número que carrega hoje nas costas, orgulhoso, aos 37 anos.

Enquanto coloca os pés na Calçada da Fama do Maracanã, seu nome também não é esquecido no estádio sérvio, de onde saiu em 1996 para o Real Madrid somente com 24 anos. Marko Nikolovski, assessor de imprensa do Estrela Vermelha, resumiu o sentimento da torcida do clube pelo “Rambo”, apelido do craque na Sérvia:

- Mande um abraço do Crvena Zvezda (Estrela Vermelha em sérvio) à nossa lenda Dejan Rambo Petkovic.

Números de Petkovic no Maracanã:
VITÓRIA-BA - 1 JOGO 1 DERROTA,  NÃO FEZ GOL;
SANTOS-SP - 2 JOGOS 2 DERROTAS, NÃO FEZ GOLS;
ATLÉTICO-MG - 2 JOGOS, 1 VITÓRIA E 1 DERROTA, NÃO FEZ GOLS;
VASCO-RJ - 10 JOGOS, 4 VITÓRIAS, 5 EMPATES E 1 DERROTA COM 5 GOLS;
FLUMINENSE-RJ - 20 JOGOS, 6 VITÓRIAS, 8 EMPATES E 6 DERROTAS COM 4 GOLS;
FLAMENGO: 65 JOGOS, 29 VITÓRIAS, 16 EMPATES E 20 DERROTAS COM 22 GOLS MARCADOS COM A CAMISA RUBRO-NEGRA.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM

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