segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

BOTAFOGO E OS MANÉ

Estevam Soares é demitido do Botafogo

Clube decide rescindir contrato do treinador após derrota por 6 a 0 para o Vasco, no Engenhão, e Joel Santana é o favorito da diretoria



Em seu último dia no Botafogo, Estevam conversa com psicóloga do clube

Estevam Soares não é mais técnico do Botafogo. Em reunião na noite desta segunda-feira, a diretoria decidiu demitir o treinador um dia após a derrota por 6 a 0 para o Vasco, no último domingo, no Engenhão, e comunicou o fato em seu site oficial.

Ao lado de Estevam Soares, deixam o clube o auxiliar Gerson Sodré e o preparador físico Lino Fachini. O treinador, que chegou ao Botafogo em 12 de agosto do ano passado, substituindo Ney Franco, comandou a equipe em 30 partidas, com 11 vitórias, oito empates e 11 derrotas.

No fim do ano passado a diretoria decidiu renovar o contrato de Estevam Soares, apostando num melhor rendimento da equipe com um trabalho sendo iniciado desde a pré-temporada. No entanto, o treinador não resisitiu à goleada imposta pelo Vasco. Após a partida, o vice de futebol André Silva chegou a anunciar que o clube mantinha a confiança no técnico.

A partir de agora, a diretoria do Botafogo busca opções para substituir Estevam Soares. O nome preferido da diretoria é por Joel Santana, treinador campeão carioca com o Alvinegro em 1997 e que recentemente esteve na seleção da África do Sul. Alexandre Gallo, que trabalhou o gerente de futebol Anderson Barros no Figueirense, é um dos nomes cogitados. Ele esteve no Engenhão acompanhando o clássico contra o Vasco. Celso Roth, técnico do Alvinegro em 2005, é outro cotado.



Torcedor que incendiou camisa alvinegra pede desculpas: 'Foi um ato de paixão'



Botafoguense desde criança, José Calixto Ribeiro diz que errou e espera que o gesto de resignação com o time não sirva de exemplo para ninguém

Até onde um torcedor pode chegar com a paixão por seu clube? Em que proporção o que acontece com o time do coração move seus sentimentos? Quais os limites de seus atos na alegria de um título ou na tristeza de um resultado vergonhoso? Estas questões vieram à tona neste domingo, quando um torcedor do Botafogo foi flagrado queimando a sua própria camisa alvinegra em uma atitude de revolta - àquele momento, a equpe era impiedosamente dominada pelo Vasco, que se impôs no Engenhão com uma histórica goleada de 6 a 0.

A imagem protagonizada por José Calixto Uchoa Ribeiro, de 53 anos, foi flagrada pelas câmeras que transmitiam a partida ao vivo e chamou a atenção de todos pela dramaticidade, representando o sofrimento de um torcedor alvinegro com o resultado catastrófico. Quem sentou na arquibancada não foi o advogado, segundo ele próprio conta, mas sim o torcedor apaixonado que acabou extrapolando num rompante de fúria. Mas no dia seguinte, com a cabeça fria, ele admite que a atitude não foi nem um pouco correta.

- A virtude do grande homem é reconhecer que errou, e eu errei. Em função disso, peço desculpas. Sou botafoguense apaixonado e gostaria que a torcida compreendesse esse meu gesto. Que não sirva de exemplo pra ninguém. Foi um momento de fúria e total paixão. Estava iresignado com o comportamento e a atuação do time, mas estou pedindo desculpas à torcida e ao Botafogo..

A fúria e a paixão - que se misturaram numa cena que, como o próprio disse, não deve ser repetida por nenhum alvinegro - citadas por ele acabaram aflorando depois de seguidas decepções nos últimos três anos, de acompanhar o clube ficar sistematicamente no quase no Estadual e na Copa do Brasil, decepcionar na Copa Sul-Americana e sofrer na luta contra um novo rebaixamento à Segunda Divisão. A gota d'água foi assistir à equipe, no início de uma temporada, ser arrasada em casa por um rival.

- O futebol é cem por cento paixão. Estou cansado de ver os resultados que o Botafogo apresenta. Com algumas exceções, atuações pífias e medíocres. Tenho 53 anos, sou botafoguense desde os oito e vou sempre ao Maracanã e ao Engenhão acompanhado dos meus filhos. O que aconteceu ontem (domingo) foi uma irresignação total e absoluta, um ato de paixão e de alerta. O quadro negativo estava desenhado ainda no primeiro tempo - disse ele, lembrando do placar de 3 a 0, com três gols do ex-ídolo Dodô, na primeira etapa.

Ribeiro explica os percalços para ir ao estádio torcer pelo clube também o ajudaram numa atitude impensada, a qual, ratifica ele, não deve ser repetida.

- Estava acompanhado de onze adolescentes. Fomos em dois carros ao Engenhão. Meu filho e seus amigos, alguns muito jovens. Você enfrenta engarrafamento para chegar, perigo de assalto, tiroteio e pedras atiradas (no carro) quando volta pela Linha Amarela ou pela Linha Vermelha. Vai pensando em assistir a um espetáculo, mas presencia o contrário. Uma tragédia. A vaia não está mais adiantando no Botafogo. A irresignação não funciona. Tive um rompante de fúria com a tentativa de chamar atenção, mas não quero servir de exemplo, principalmente para os jovens torcedores - finaliza o advogado, com um pedido aos alvinegros que assistiram à cena.


Fonte: globoesporte.com

DO BLOG: O Botafogo, a instituição Botafogo de Futebol e Regatas não merece boa parte daqueles atletas que atuaram nesse jogo contra o vasco. Será que não bastava uma conversa(antes do jogo) com a diretoria, e dizer que não dava mais para trabalhar com o Estevam. Será que tem que perder de goleada e pedir a saída do treinador...

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